O rap é sempre rap, mas a cena muda muito dependendo do lugar em que ela está. Não adianta achar que se você conhece a cena de São Paulo, como é o caso do Per Raps, você conhece tudo. Pra falar sobre o Versu2, que acaba de lançar um clipe, precisamos mergulhar na cena de Salvador. Como não pudemos gastar com passagem e estadia, quem nos ajudou nessa imersão foi o Rangell Santana (aka Blequimobiu), do Central Hip Hop (Bocada Forte) e do próprio Versu2.
Conheça agora um pouco da cena de Salvador, as ideias e rumos do Versu2, que faz rap com sotaque de ótima qualidade e assista ao clipe que ainda está quentinho depois de sair do forno.
Per Raps: Então, eu queria falar sobre o clipe, mas antes preciso q você me dê uma ajuda pra entender a cena daí. Uma coisa é ouvir falar, acompanhar pela internet, outra coisa é viver o barato – como é o lance de espaço pra show, abertura com público, interação dos grupos, MC’s e Djs?
Rangell/Blequimobiu: Pra shows temos poucos espaços ainda. Tem a Zauber que tem mais abertura, mas, apesar de estar no Centro, é numa ladeira que o público tem preconceito porque fica perto de um antigo local de prostituição, então é visto como um lugar perigoso. Daí a Boomerangue tem uma boa estrutura, mas pra conseguir pauta é muito complicado, ela é a mais estruturada e fica na orla. A Secretaria de Cultura tem feito um bom trabalho com os espaços públicos, mas também sofremos com a disponibilidade de pautas.
O público do rap em Salvador é como em todo lugar, festas pequenas são frequentada pelos artistas, adeptos em geral. É bem complicado levar pessoas novas a estas festas, não temos dinheiro pra divulgação em massa. Terminamos limitados às festas dos amigos pra divulgar os flyers, os outdoors e busdoors, que são a verdadeira mídia de massa em Salvador, os demais são muito caros, não temos como investir. Quando tem shows com artistas como Racionais, e se investe neste aparato de divulgação, daí vemos festas com até 15 mil pessoas.
Acho que Salvador tem a cena hoje mais diversificada – você pode ir num show e ver grupos com uma linha under, gangsta, pop, gospel, candomblé e todos se respeitando, cada um passando sua mensagem sem desfazer do outro. Fazemos rap e aprendemos com os outros locais que estes rótulos só atrapalharam o crescimento da música como um todo. Também fazemos diversos eventos com outros rimos musicais (rock, reggae…) e, ultimamente, tem rolado interações com o pagode.
http://www.youtube.com/watch?v=oR9wFqml_vQ <---- Curte o video!
Conheça agora um pouco da cena de Salvador, as ideias e rumos do Versu2, que faz rap com sotaque de ótima qualidade e assista ao clipe que ainda está quentinho depois de sair do forno.
Per Raps: Então, eu queria falar sobre o clipe, mas antes preciso q você me dê uma ajuda pra entender a cena daí. Uma coisa é ouvir falar, acompanhar pela internet, outra coisa é viver o barato – como é o lance de espaço pra show, abertura com público, interação dos grupos, MC’s e Djs?
Rangell/Blequimobiu: Pra shows temos poucos espaços ainda. Tem a Zauber que tem mais abertura, mas, apesar de estar no Centro, é numa ladeira que o público tem preconceito porque fica perto de um antigo local de prostituição, então é visto como um lugar perigoso. Daí a Boomerangue tem uma boa estrutura, mas pra conseguir pauta é muito complicado, ela é a mais estruturada e fica na orla. A Secretaria de Cultura tem feito um bom trabalho com os espaços públicos, mas também sofremos com a disponibilidade de pautas.
O público do rap em Salvador é como em todo lugar, festas pequenas são frequentada pelos artistas, adeptos em geral. É bem complicado levar pessoas novas a estas festas, não temos dinheiro pra divulgação em massa. Terminamos limitados às festas dos amigos pra divulgar os flyers, os outdoors e busdoors, que são a verdadeira mídia de massa em Salvador, os demais são muito caros, não temos como investir. Quando tem shows com artistas como Racionais, e se investe neste aparato de divulgação, daí vemos festas com até 15 mil pessoas.
Acho que Salvador tem a cena hoje mais diversificada – você pode ir num show e ver grupos com uma linha under, gangsta, pop, gospel, candomblé e todos se respeitando, cada um passando sua mensagem sem desfazer do outro. Fazemos rap e aprendemos com os outros locais que estes rótulos só atrapalharam o crescimento da música como um todo. Também fazemos diversos eventos com outros rimos musicais (rock, reggae…) e, ultimamente, tem rolado interações com o pagode.
http://www.youtube.com/watch?v=oR9wFqml_vQ <---- Curte o video!