Ouviram do Ipiranga as margens ignorantes De um povo oprimido o brado retumbante, E o sol da opressão em raios tenebrosos, Assombrou o céu da pátria nesse instante. Se o penhor dessa desigualdade Conseguimos suportar com braço forte, Em teu seio, ó desigualdade, Desafia o nosso peito a própria morte! Ó pátria amada, Escravizada, Salve! Salve! Brasil, um terror intenso, um raio extinto, Sem amor, sem esperança, a terra desce, Se em teu formoso céu tristonho e sujo, A imagem do cruzeiro resplandece. Gigante pela própria natureza, És belo, nem sempre és forte, impávido colosso, E o teu futuro tememos sem grandeza. Terra adorada, política odiada, Entre outras mil, És tu Brasil, Ó pátria amada! Do filhos deste solo não és mãe gentil Pátria amada, política odiada Brasil! Deitado eternamente em enquadro policiais esplêndidos, Ao som do mar, e a luz do céu profundo, Fulguras, ó Brasil, revoltosos da América, Iluminado a