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Novidades , e entrevista com Eduardo Facção Central / Por: Paulo Monteiro


Facção Central atrai um grande público por onde passa e no último dia 15. Londrina teve a oportunidade de prestigiar suas músicas, em um grande show. Além do emocionante show, Eduardo atendeu ao repórter do ComTexto Paulo Monteiro e falou sobre as retaliações sofridas pelo grupo, os novos projetos e o papel do rap nacional.


Como surgiu o Facção Central?


Eduardo: Como todo grupo de periferia, né mano, assistindo outras bandas de rap, assistindo shows, escutando a rádio. Despertou aquela vontade de escrever e seguir o mesmo caminho. Aí você conhece outros parceiros na quebrada que também querem escrever rap, rimar e cantar. Isso tudo surgiu de uma maneira espontânea. Você no veneno e vendo o sofrimento social, se expressa através da música. Assim, em 1990, teve início o Facção Central.


Qual é a função do Rap?


Eduardo: Além de informar, doutrinar para um outro caminho, mostrar outras opções, é mostrar a verdade sem distorção e um cotidiano que é camuflado e que não está na televisão, não está em nenhum grande veículo de comunicação. O papel do rap é trazer essa verdade à tona, dar voz às pessoas que não são ouvidas, que estão esquecidas e excluídas.


Quais as dificuldades que o rap nacional enfrenta?


Eduardo: Como toda arte vinda da periferia, do gueto, dos pobres, ele também é marginalizado. Não há uma porta aberta. Por isso você tem que arrombá-las. Por isso, a dificuldade do rap é inerente à classe social que você vive, no caso, a classe pobre. Você não tem um veículo de comunicação que vai te abrir as portas. Você lida com temas delicados e aborda assuntos que não são de interesse de quem comanda a mídia, as indústrias, a política e o país. Você vai contra toda uma força armado somente com um microfone, um papel e uma caneta. É uma luta de Davi contra Golias. O maior problema é desigualdade na hora de lutar.


Você já sofreu alguma retaliação por causa de suas letras?


Eduardo: Retaliação, sofremos o tempo todo. Por exemplo, o Facção Central não toca nas rádios e em nenhuma emissora grande de televisão. Eles jamais abrirão suas portas para que possamos dar entrevistas. Essa é a retaliação da mídia. Há também a retaliação da classe social, dos playboys que não abrem as grandes casas de shows. E também a retaliação do estado através da força bruta e armada da polícia. Sofremos de todos os lados, porém, o apoio da periferia supre a falta de espaço que perdemos.


O Rap é o caminho mais eficiente para conscientizar as pessoas?


Eduardo: Eu diria que é um deles. Eu diria que o livro e a internet são também portais de informação importantes. O rap tem uma particularidade importante, porque o cara que está cantando é parecido com o receptor, por isso ele tem mais credibilidade e atinge de uma maneira mais forte e fácil.


Você trabalha em outras áreas, além do Rap?


Eduardo: No momento estou terminando meu livro. Eu busco atuar também em outras áreas, porém sempre ligadas à arte e expandindo a cultura periférica, mostrando o nosso valor. Independente do mecanismo, a intenção é mostrar que com oportunidades muitas pessoas não estariam no crime ou viciados em drogas e no álcool.


Quais são novos projetos seu e do Facção Central?


Eduardo: Pretendo terminar meu livro ainda este ano, mas o livro é uma ferramenta diferenciada e dá mais trabalho. Como fazemos vários shows e viagens, quando chego em casa, leva um tempo para abaixar a adrenalina e começar a escrever novamente. Terminando alguns projetos paralelos, como o livro, começaremos a produção de um novo disco.


Vocês já têm algumas músicas prontas?


Eduardo: Eu não diria músicas, mas sim temas que iremos abordar, esses já estão no pente. A questão de rimar vem depois, é mais simples.



Reportagem e Fotos: Paulo Monteiro

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