O processo se desenvolveu, os anos foram passando e Daniela retratando o homem, o artista e o ativista Marcelo Yuka, que teve a coragem de se expor. Esta década não foi fácil para Yuka, mas ninguém disse que iria ser. Assim como foi difícil para ele se deixar retratar, foi difícil não enveredar pelo caminho da vitimização e da transformação em mártir pela mídia. Tampouco é fácil se ver na tela. "Não quero me transformar em um grande comercial de Coca-Cola."
E não foi fácil falar do real motivo que o fez deixar o Rappa, cerca um ano depois do trágico assalto. Até hoje sua saída da banda esteve 'mal explicada'. "Foi dolorido tocar no assunto. Mas, já que tinha me proposto a contar minha história, isto tinha que estar no filme. Se não, não estaria sendo honesto."